Louis Aragon, (Paris, 1897 - idem, 1982. Escritor francês. Inicia muito jovem a sua atividade literária. A Primeira Guerra Mundial interrompe os seus estudos de Medicina e, em 1917, é destacado para um hospital, onde conhece André Breton. Com este e com Soupault, cria a revista Littérature, animadora do surrealismo. Deste período é o seu Feu de joie (1920) e Le Mouvement Perpétuel (1924). Em 1927 adere ao Partido Comunista, e um ano mais tarde conhece a escritora de origem russa Elsa Triolet, com quem casa. Fruto desta união são diversos livros de tema amoroso publicados entre 1942 e 1963: Les Yeux d’Elsa, Les Yeux et la Mémoire, Elsa e Le fou d’Elsa.
Em 1931 distancia-se dos surrealistas, mas não abandona as ideias básicas inspiradoras do surrealismo. A poesia da etapa surrealista caracteriza-se especialmente pela ductilidade da sua imaginação estilística. Em obras poéticas posteriores aprecia-se uma atenta recuperação de formas tradicionais, como a rima e a estrofe.
Viaja várias vezes para a Rússia, e em 1933 a sua militância comunista leva-o a colaborar no diário L’Humanité. Posteriormente publica vários romances de conteúdo social (Os Sinos de Basileia, Les Communistes). Durante a Segunda Guerra Mundial participa na resistência antinazi. São desses anos poemas de ardente patriotismo, como Le Crève-coeur e La Diane Française.
Após a guerra inicia uma pródiga atividade como romancista que se caracteriza pela renovação das técnicas narrativas e por certo distanciamento do realismo de tipo social que anteriormente é cultivado. Sobressaem neste sentido Condenado à Morte e, sobretudo, A Semana Santa. Fruto das suas colaborações nas revistas Littérature, Commune e Lettres Françaises e em diversos diários são numerosos os seus ensaios críticos.
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