Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud, poeta e diretor teatral francês (4/9/1896-4/3/1948). Ligado ao movimento dadaísta e ao surrealismo, é considerado o renovador do teatro francês nos anos 30. Nasce em Marselha e vive em Paris a partir de 1920. Trabalha na revista Demain e, em 1925, publica um livro de poemas surrealistas.
Em 1932 lança o Manifesto do Teatro da Crueldade, no qual defende a ruptura com os padrões tradicionais do teatro em nome do "drama metafísico". Para ele, as obras teatrais só têm sentido se expressarem o sofrimento básico do homem e liberarem as forças inconscientes da platéia.
Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário a filiação ao partido comunista. Sua obra "O Teatro e seu Duplo" é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowski e Eugenio Barba.
Para dar nova dimensão à arte da representação, pesquisa as origens da dramaturgia e evoca a tragédia antiga, os mistérios e a magia do teatro da Idade Média. Em 1935 encena o drama Les Cenci, que é rejeitado pelo público. No ano seguinte refugia-se no México, onde vive entre os índios Tarahumara, e publica As Novas Revelações do Ser. Teoriza sobre o teatro da crueldade em O Teatro e Seu Duplo (1938). Passa os últimos dez anos de vida internado em hospitais psiquiátricos. Seus restos mortais se encontram no Cimetiere de Marseille, França.
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