Poeta francês Paul Éluard nasceu com o nome de Eugène Grindel a 14 de dezembro de 1895. Em 1916 casou com uma jovem russa, Helena Dimitrievna Diakonava, que alcunhou de "Gala", e publicou o seu primeiro livro, uma recolha de poemas intitulada Le Devoir, que exprimiam as suas terríveis experiências da guerra e que assinou com o pseudónimo de "Paul Éluard". Conheceu, também nessa época, nomes importantes do Surrealismo, como André Breton, Louis Aragon, Soupault, Pablo Picasso, Salvador Dali e Max Ernst, que gravitavam ainda em torno do fundador do chamado movimento Dada, o romeno Tristan Tzara.
Como um dos fundadores do movimento surrealista, estabeleceu, em parceria com Louis Aragon e André Breton, entre outros, os fundamentos teóricos e estéticos do grupo, sobretudo quando publicou, em 1921, "Les Necessités de la Vie et la Conséquence des Rêves", obra escrita em verso e que chamou a si uma primeira atenção por parte da crítica.
O tema principal da sua estética como poeta é a mulher, enquanto mediadora entre o homem e o
universo.
Em 1924 embarcou numa viagem de sete meses que o levou a destinos tão longínquos como o Taiti, a Indonésia e a Ilha do Ceilão e, quando regressou a França, já havia perdido a atraente Gala que, julgando-o morto, se ligou a Salvador Dali.
Em 1926 juntou-se às fileiras do Partido Comunista e, em 1930, publicou, em coautoria com André Breton, um volume de poesia com o título l'Immaculate Concéption (A Imaculada Concepção). Já haviam trabalhado em conjunto anteriormente, na feitura de Notes sur la Poésie (1929), mas a sua colaboração cessou em definitivo a partir da edição de Dictionnaire Abregé du Surrealisme (1938), devido sobretudo às divergências que surgiram no curso da Guerra Civil espanhola.
Na Segunda Guerra Mundial juntou-se à Resistência Francesa, publicando clandestinamente várias obras contra o regime de Vichy, tendo-se tornado o poeta da Resistência com Au rendez-vous alllemand (1944).
Após a guerra procurou divulgar os ideais comunistas, não só através da publicação de obras como Poésie Ininterrompue (1946) e Poémes Politiques (1948), mas também percorrendo países como a Bélgica, o Reino Unido, o México, a ex-União Soviética e a ex-Checoslováquia, participando em atividades políticas.
Paul Éluard faleceu em 18 de novembro de 1952 em Charenton-le-Pont, vítima de um ataque cardíaco.
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