Cinema
Os cineastas também quebraram com o tradicionalismo cinematográfico. Demonstram uma despreocupação total com o enredo e com a história do filme. Os ideais da burguesia são combatidos e os desejos não racionais afloram. Dois filmes representativos deste gênero do cinema são Um Cão Andaluz (1928) e L'Âge D'Or (1930) de Luís Buñuel em parceria com Salvador Dalí.
Teatro
O dramaturgo francês Antonin Artaud é o maior representante do surrealismo no teatro, através de seu teatro da crueldade. Artaud buscava, através de suas peças teatrais, livrar o espectador das regras impostas pela civilização e assim despertar o inconsciente da plateia. Uma das técnicas usadas pelo dramaturgo foi unir palco e plateia, durante a realização das peças. No livro O Teatro e seu duplo, Artaud demonstra sua teoria.
Sua obra mais conhecida é Os Cenci de 1935, onde ele conta a vida de uma família italiana durante a fase do Renascimento. Nas décadas de 1940 e 1950, os princípios do surrealismo influenciaram o teatro do absurdo.
O Surrealismo no Brasil
As ideias do surrealismo foram absorvidas na década de 1920 e 1930 pelo movimento modernista no Brasil. Podemos observar características surrealistas nas pinturas Nu de Ismael Nery e Abaporu da artista Tarsila do Amaral.
A obra “Eu Vi o Mundo, Ele Começava no Recife”, do artista pernambucano Cícero Dias, apresenta muitas características do surrealismo. As esculturas de Maria Martins também caminham nesta direção.
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